Começou há pouco mais de um mês (08/07) a visita inusitada do carro da Google Street View a Divinópolis. O veículo equipado com 15 câmeras fotográficas percorre diversos lugares e fotografa as ruas da cidade registrando imagens panorâmicas em 360° graus. O carro do Google Maps Street View tem sensores de movimento para rastreamento de posições, disco rígido para armazenamento de dados e um computador para processar o sistema, além de laser para captar os dados em 3D e calcular a distância entre as imagens. Em seguida, essas imagens são publicadas no site da Google, por meio do serviço Google Maps.
O serviço começou em 2007, nos EUA, e já percorreu diversos países. No Brasil, estão disponíveis as imagens da região de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. As cidades mais próximas de Divinópolis que possuem imagens no Google Maps são Itaúna e Pará de Minas.
O carro, um Chevrolet Captiva com placa de São Paulo, percorreu as ruas do centro de Divinópolis e bairros como o Sidil. Ao ser questionado se todas as ruas da cidade seriam registradas, o condutor confirmou que sim, mas não pode dar mais detalhes.
O carro Street View continua fotografando o espaço divinopolitano, portanto ainda não é possível visualizar toda a cidade através do Google Maps. Podemos acompanhar algumas imagens de nossa cidade, acessando o serviço através do endereço eletrônico http://maps.google.com.br/ e escolher onde você quer ir. Arraste o bonequinho laranja chamado Pegman (Peg vem de “prendedor de roupas” em inglês) que fica no canto esquerdo do mapa até o local desejado e pronto, você já pode navegar por diversos lugares sem sair de casa.
Geoprocessamento
Para entender o que se passa em programas como o Google Maps - agora com a tecnologia 3D no Street View – Google Earth e Wikimapia precisamos entender o que é o geoprocessamento. O termo se refere às disciplinas que se apoiam em técnicas matemáticas e computacionais. Estas técnicas da computação são as chamadas SIG (Sistemas de Informação Geográfica) e são empregadas para adquirir, armazenar, gerenciar, manipular, cruzar e exibir dados de informações geográficas.
“Esse recurso é muito utilizado para identificar lugares desconhecidos, realizar auditorias. Por exemplo, a prefeitura pode realizar o geoprocessamento de uma cidade e identificar se existe alguma construção iniciada ou modificada que não está de acordo com a documentação, definir rotas, identificar pontos como escolas, hospitais”, explica Ítalo Silqueira, estudante do 8º período de Sistemas de Informação. Ainda de acordo com Silqueira, o GPS é um exemplo simples de uso do banco de geoprocessamento, utilizando-se de imagens que possuem dados de longitude e latitude em suas figuras.
Com o domínio da web, podemos observar a massificação deste sistema. Qualquer pessoa pode consultar um mapa na Internet e se localizar, ou conhecer um lugar e essa consulta chega ao seu ápice com o Google Maps Street View, combinando GPS, geoprocessamento e imagens em 3D.
Enquanto nos divertimos com a presença do Chevrolet Captiva da Google pelas ruas de Divinópolis devemos também pensar em seu uso como, por exemplo, a propaganda e localização de estabelecimentos e empresas da cidade. “Isso é muito importante, pois além de auxiliar na movimentação de ruas, as imagens do Street podem ser utilizadas como banco de imagens para GPS, destacando empresas como pontos de referência”, completa o estudante de Sistemas de Informação.
Por Juliana Faria e Marina Alves
Por Juliana Faria e Marina Alves