Criado
em 2006 por Jack
Dorsey, com o
objetivo de estabelecer
uma comunicação por
troca de mensagens
curtas com um grupo
de amigos, o twitter
ganhou novas apropriações
e veio se destacando
com o passar dos
anos. Após ganhar notoriedade
em meio às empresas,
artistas, além da
sociedade interessada
em responder a seguinte
pergunta: “o que
está acontecendo”,
o microblog deixa algumas
questões a serem
repensadas.
Pesquisas
mostram que diariamente
são publicadas mais de
200 milhões de mensagens.
Esse número equivale a
um livro de 10
milhões de páginas.
Mas, além dos números,
alguns conteúdos compartilhados
na rede deixam a
desejar. Por um
lado, podemos comemorar
pelo fato de que
com toda essa acessibilidade
à ferramenta, principalmente
através dos dispositivos
móveis, é notável
que um maior número
de pessoas estão tendo
acesso a esse tipo
de tecnologia. Isso
é positivo para que
parte da população
troque algumas experiências
com outros usuários,
e que de certa
forma, estabeleça algo que
possa ajudar no seu
crescimento pessoal e
profissional, gerando assim
uma nova perspectiva
futura. Contudo, isso
não é algo para
se comemorar.
Em
meio a tanta informação,
os usuários da rede
podem ter algum prejuízo
com relação à assimilação
e absorção dos conteúdos
ali publicados. O
grande número de publicações
e de assuntos diversos gera
uma exaustão na receptividade
das informações. Em
alguns casos, o número
de informações não
apuradas e divulgadas
diariamente podem causar
certo desconforto para
o usuário. É comum
a disseminação de
boatos por esse meio
informacional. Em alguns
casos, existem empresas de
informação que estão
proibindo o uso
do twitter na
rotina do trabalho devido
à limitação durante a
escrita. Algumas consideram
que 140 caracteres
é uma limitação
que pode prejudicar
o jornalismo de qualidade.
Esse aumento pode interferir
diretamente no rendimento
produtivo do trabalhador,
independentemente da sua
área de atuação, a
partir do momento em
que a sua rotina
de trabalho não tem
a ver com elas.
A falta de concentração
pode ser um dos efeitos
nocivos na atuação
do trabalhador. Quando
nos habituamos a escrever
com o limite de
140 caracteres, a
nossa habilidade de expressão
de forma mais densa
sobre um pensamento
acaba se tornando enxuta
e, em
alguns casos, torna-se um
costume.
Outro
fato que demonstra
a forma como estamos
nos apropriando dessa
ferramenta pode ser
percebido pelo egoísmo, e
pela falta de consideração
com o próximo. Esse
seria um reflexo do
que estamos vivendo fora
da rede e
de como nós estamos
interagindo socialmente.
O isolamento por meio
dessas redes, que possuem
o intuito de aproximar
e sociabilizar as
pessoas por mais
distantes que elas
estejam, é algo
para ser repensado.
E mesmo após algumas
opiniões expostas nesse
artigo, se sentarmos
para discutir tudo o
que está realmente
acontecendo ("What's
happening?"), 140 caracteres
não serão suficientes.
André
Camargos