MORADORES DE DIVINÓPOLIS SOFREM COM FALTA DE ÁGUA


Falta de água, especialmente nas regiões Noroeste e Sudeste da cidade, virou até caso de polícia. Cidadãos, que ficaram oito dias sem o abastecimento, reclamam de descaso. Ministério Público deu prazo de dez dias para Copasa solucionar problema.

Redação: Júlia Medeiros | Edição: Larissa Moura
Colaboraram Marcela Knupp e Analu Silva

Já dura mais de quinze dias o problema de falta de água em alguns bairros de Divinópolis. A cada dia que passa os moradores atingidos ficam mais revoltados com a falta de fornecimento do serviço essencial para a vida e para manter o bom funcionamento de uma casa.
E a situação se alastra para diferentes bairros, como Nova Fortaleza I, Nova Fortaleza II, Serra Verde, Terra Azul, Danilo Passos, e em alguns momentos do dia, até na região central da cidade. Em nota divulgada na imprensa, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais, Copasa, informou que o problema se agravou devido à formação de um bolsão de ar na rede que passa pela Avenida Amazonas, esquina com Rua Goiás, na região central.
Ainda no comunicado (veja reprodução abaixo), a Copasa afirma que a região Sudeste, principalmente os bairros Davanuze, Santa Rosa, Padre Eustáquio e Santa Lúcia foram os mais afetados pelo problema. Mas essa informação diverge, já que outros bairros estão sem o abastecimento de água.
Esta escassez em Divinópolis, além de ser motivo de discussão dos vereadores durante as reuniões de terça e quintas-feiras da Câmara Municipal, também virou ação no Ministério Público. Em um primeiro momento, moradores do bairro Davanuze, depois de se manifestarem com fechamento de ruas e queima de pneus, se organizaram, recolheram assinaturas e foram até o Procon em busca dos seus direitos. O Ministério Público foi acionado e deu um prazo de dez dias para que o problema seja resolvido.
Em entrevista à imprensa divinopolitana, o prefeito Vladimir Faria de Azevedo afirmou que a falta de água no município deve ser tratada como calamidade pública. Até o momento, o que a Copasa tem feito para tentar amenizar a situação e conter a fúria dos moradores é distribuir água em caminhões-pipa pelos bairros afetados. Os cidadãos reclamam do “jogo-de-empurra” das autoridades: “É um absurdo ter que ouvir todos os dias que estão tentando resolver o problema. Ninguém enxerga o problema de perto. Garanto que na casa do prefeito tem água, na casa do gerente da Copasa E nós? Nós simplesmente não tomamos banho há quatro dias”, desabafa Tânia Pereira, moradora do Serra Verde.
Na cidade, apenas um caminhão-pipa da empresa de saneamento presta serviço à população, que, de acordo com o último censo do IBGE, ultrapassa 213 mil habitantes. Semana passada, outros cinco caminhões chegaram de Belo Horizonte, e estão percorrendo diferentes bairros, enchendo as caixas d’água dos moradores, vasilhas e garrafas. Como a Copasa ainda não determinou em uma data para solucionar o problema, os moradores tentam armazenar a água em casa da maneira que conseguem.
De acordo com a Copasa o problema de bolsão de ar na rede foi solucionado, mas o abastecimento continua comprometido.  A solução definitiva para o problema o órgão já tem: são obras orçadas em R$2,5 milhões. O prazo estipulado é de que elas durem 12 meses, mas ainda não tiveram início.
Abaixo, Comunicado da Copasa sobre a situação.



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