Beleza em tempos de crise

Crise econômica não impede o gasto com a estética

Por Cristiane Lopes e Mara Gontijo

Fotos:www.independenciano.com.br/noticias

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A crise econômica esta aí. O dólar aumentando, desemprego em alta, fábricas de portas fechadas - e pessoas indo aos salões. Pelo menos no que tange aos cuidados com a beleza, o monstro da crise não parece assustar muito. Várias pessoas continuam cuidando da aparência e gastando tempo e dinheiro com ela. Homens e mulheres tão preocupados em aparecer e estarem mais próximos dos padrões de beleza.

Segundo a micro-empresária Ana Isabel, proprietária do salão de beleza Annabelle, em Divinópolis, a crise econômica não afetou a freqüência de suas clientes. Pelo contrário, com a proximidade das tradicionais festas de final de ano, a agenda já está lotada e o movimento chega a dobrar, sendo necessário contratar funcionárias para reforçar o atendimento. E, nesse caso, as aparências não enganam: segundo pesquisas de opinião Vanity, 30% dos brasileiros pensam na beleza o tempo todo.

O IBGE revelou que as mulheres com renda média de R$400 gastam até 4% de seus salários só com produtos para cabelo. Já aquelas que ganham acima de R$6 mil consomem em média 3%. Os dados são da pesquisa sobre “O impacto sócio-econômico da beleza-1995 a 2004”, coordenada por Ruth Helena Dwek, Diretora de Economia da Universidade Federal Fluminense. O estudo, divulgado em 29 de setembro, encomendado pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, mostra que o Brasil ocupa, hoje, o sétimo lugar entre os países mais vaidosos do mundo. Felicidade para as vendedoras de cosméticos, proprietários de clínicas de estética e salões de beleza, que ganham a vida tornando as pessoas "mais satisfeitas" com sua aparência, mais próximas do que pode-se reconhecer como belo.

Padrões de beleza bombardeiam as pessoas a cada instante, com modelos sempre altas e magros, bem como homens sarados com corpos super musculosos e barrigas de tanquinho. Padrões que levam a sociedade a ser cada vez mais exigente nesse aspecto. Há quem diga que a grande vilã por criar esteriótipos é a mídia. Vilã ou não, mais parece uma transferência de responsabilidade: cabe a cada um escolher o que é o melhor para si, saber escolher o que cai melhor para não cair no ridículo. Novamente, estamos diante do dilema de Hamlet: ser escravo da vaidade para ser aceito pela sociedade - ou não. Franciane Amaral, recém-formada em química, já decidiu: não passa um final de semana sem ir ao salão de beleza. Para ela, cuidar da beleza é essencial para promover bem-estar e elevar a auto-estima.

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Segundo o Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, belo quer dizer aquilo “que tem forma agradável ou perfeita e proporções harmônicas, conjunto de qualidades despertadoras de um sentimento elevado e especial de prazer e admiração.” Não é de hoje que se discute a importância da beleza na vida das pessoas. Na Grécia a beleza podia decidir o destino de homens e deuses.

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