Decoração
natalina enche a casa de cores e também de doces lembranças
Para muitas pessoas, o melhor da festa é a preparação.
Se a data importante em questão é o Natal, os momentos que
antecedem a celebração costumam ser tão apreciados quanto a
confraternização – especialmente quanto se trata da decoração
da casa. Abrir caixas que abrigam, durante todo o ano, os enfeites da
árvore quase sempre traz à tona doces lembranças, resgata boas
histórias e remete a sentimentos às vezes esquecidos. De detalhe
simples e sutis às grandes produções, o que importa mesmo é o
toque pessoal. Na casa de Ana Carolina Costa tudo é feito por ela.
“Não contrato ninguém para fazer a decoração, toda a dedicação
a esse momento remonta aos tempos de menina, em que curtia a montagem
da árvore e do presépio, decoração completa”.
A mãe de Ana Carolina, Maria José Costa, promoveu
Natais eternos segundo sua memória. Hoje, Ana diz que a montagem é
feita a partir de peças compradas aleatoriamente no comércio de
Divinópolis (MG) e o lugar para cada uma delas é definido com a
ajuda de Gabriel Garcia, seu filho de 6 anos.
Já a professora Lilian Costa não se importa em
misturar estilos, desde que todos os objetos tenham alguma história.
“Eu e meu marido moramos no triângulo mineiro por um ano e meio e
viajamos muito para outros Estados. Mesmo que não tenham motivos
natalinos, trazemos lembranças para adornar a árvore. Este ano, por
exemplo, trouxemos de Uberlândia um bondinho.”
Alguns enfeites têm mais de 30 anos e sempre causam
emoção às filhas de Lilian, que se lembram de quando eram
pequenas. Também os alunos da professora contribuem para a
decoração. “Faço uma festa de final de ano com eles e a árvore
é sempre uma atração. Os alunos gostam de ver detalhes que, às
vezes, eles me deram como um papai Noel professor, sentado em frente
a um quadro negro.”
Para Edite
Costa, matriarca da família Costa, o importante é garantir a magia tanto para as crianças
quanto para quem já cresceu, mas não perdeu o encantamento pela
data. “Tenho boas lembranças do Natal na casa dos meus avós. Quis
que meus filhos e netos também tivessem isso.” No escritório de
sua casa, a decoração é recheada de objetos e brinquedos da
infância dos filhos, além de lembranças de viagens. “A casinha
do Papai Noel da Vovó já está ficando famosa”, diverte-se.
Um dos destaques é a mesinha de dois lugares para o
Papai Noel descansar enquanto deixa os presentes. “As crianças
colocam as balas e doces que acham que ele vai gostar, como bolinhos,
biscoitos, sucos, além das cartinhas com os pedidos.” O presépio,
segundo Edite, não pode faltar. “Não quero apenas a noção
consumista e pagã da data”. Na base da árvore, ficam apenas os
presentes para as crianças. “Nós, adultos, trocamos por doações
de cestas básicas para a creche e o asilo aqui de frente de casa. É
uma época de renovação das esperanças, bons votos e muita
alegria”.