ROCK IN RIO, ELES FORAM...

        Ingresso caro, horas de viagem, fila pra entrar, fila pro banheiro, fila pra comida, fila pra pegar a fila, espera, tumulto. Vale a pena passar por tudo isso e no final voltar para casa com uma camisa que diz por você: "Rock in Rio 2011, eu fui"? Samuel Avelar, aluno do 2º período do curso de Comunicação Social da FUNEDI/UEMG, afirma que sim. Ele e seus amigos, Brendon Teixeira e Roberto Pecegueiro, também alunos da Funedi, são algumas das 700 mil pessoas que estiveram no alardeado “maior evento de música do Mundo”, que durou sete dias e acabou no último dia 2 de outubro e segundo ele valeu a pena: “Ir para o Rock in Rio foi algo único”, relata o estudante.
        E essa unicidade é algo que se compreende. Em sua quarta edição no país o festival já balançou multidões desde a primeira edição em 1985. Além das apresentações no Brasil, o festival já  foi realizado em  Portugal (quatro vezes) e Espanha (duas vezes). Nomes de peso da música mundial já se apresentaram no festival como Queen, Guns N’ Roses e Red Hot Chili Peppers. Cassia Eller, que se apresentou na terceira edição do festival, afirmou certa vez que o Rock in Rio era o seu Woodstock, em referência ao lendário festival realizado em 1969, reconhecido como um dos maiores momentos na história da música popular.
       E o estudante divinopolitano tem consciência dessa importância. “Sempre tive vontade de ir a um festival de grande porte, com grandes bandas”, afirma Samuel. “No ano passado recebi a notícia de que o evento estava voltando para o Brasil. Não perdi tempo e logo comprei o ingresso. Depois eu pensaria e resolveria as outras questões como transporte, hotel, dinheiro”, ri.
       Foi investido no festival cerca de R$100 milhões em 108 bandas tocando por sete dias em um local especialmente construído para isso, a cidade do Rock, com 150 mil metros quadrados, o equivalente a 22 campos de futebol. E os ingressos, que não eram baratos, se esgotaram rapidamente. Samuel diz que só conseguiu seguir a aventura com a ajuda da  mãe, a dona de casa Rosária Avelar. "Consegui pagar toda a viagem. Trabalhei muito, fiz alguns bicos para conseguir pagar”, relata Samuel Avelar.

       De Divinópolis ao Rio de Janeiro são aproximadamente 500 km, mais de seis horas de viagem.  “Mas na fila da entrada para a Cidade do Rock a emoção já é grande. É tudo muito "foda", é como um gol do Brasil em uma final da copa do mundo” compara o estudante, emocionado.
       A cidade do Rio de Janeiro ficou movimentada nos dois finais de semana do festival. 60% dos espectadores dos shows eram de fora do Rio, 13% eram de Minas Gerais e Samuel Avelar era um deles, que foi no dia 24 de setembro para ver especialmente a banda Red Hot Chili Peppers. “Todo o meu cansaço, a minha sede e fome sumiram quando eles começaram a tocar. Estar ali, no Rock in Rio, com meus amigos e assistindo o show da banda que mais gosto, realmente não tem como explicar a emoção!”, finaliza. E o festival terminou com gosto de quero mais como relata Samuel. “Aquele, sem dúvida, foi o melhor dia da minha vida". 

Por Renato de Faria e Mariah Vianna

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