Final

Por Gustavo Melo e Isabella Santos
A luta, no Brasil, em geral, e em Divinópolis em específico, aponta para um longo e árduo caminho. Isso pode ser comprovado pelo processo de concessão de rádios, como lembra Max Myller: a concessão só é conseguida se um político pega um papel na rádio, leva ao Ministério das Comunicações, faz uma barganha política para que aquilo tramite de uma maneira mais rápida e que ela seja assinada. Em consequência esse político vai ter algum poder na rádio. O raciocínio é simples: os meios de comunicação refletem as estruturas de poder instituídas. Se o poder instituído é oligárquico ou coronelista e se quem tem o poder de conceder voz pública, no caso de rádios e TV’s, são os políticos, é possível inferir que há uma via de mão dupla: os meios de comunicação são concedidos para a manutenção desse quadro anti-democrático de poder, por um lado, e o poder se sustenta nas opiniões e informações manipuladas pelos meios de comunicação, por outro lado. Isso tem a ver com a herança coronelista brasileira, muito longe de uma democracia de fato republicana. Comunitárias, piratas e livres: a luta pela visiblidade no Brasil está muito longe de acabar. Por isso, pensar na revolução tecnológica que a rádio está prestes a enfrentar talvez seja mais um preciosismo nada republicano.
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