O destino do entulho

Por Gustavo Melo
A grande quantidade de resíduos e entulhos que são gerados nas construções das cidades brasileiras gera um custo alto para a população que paga pelo desperdício desse material que é descartado em locais não apropriados, longe dos locais de bota-fora definido pelas cidades.
Na maioria das vezes, o entulho é retirado da obra e levado pelas empresas de tele-caçambas, muitas delas registradas e regulamentadas pelas prefeituras, que depositam o material em terrenos baldios, margens de rios e nas ruas das periferias. O impacto desse ação é evidente. Nos últimos anos, em muitos países, criou-se uma prática de reutilização dos entulhos da construção civil. No Brasil, entretanto, o reaproveitamento do entulho é restrito, praticamente, à sua utilização como material para aterro.
No município de Divinópolis a situação é semelhante à realidade das demais cidades brasileiras. Nas duas últimas gestões, os resíduos que sobravam das construções civis eram levados para o lixão - hoje, aterro controlado do município. Há a cerca de um ano e meio todo o entulho produzido no município foi remanejado para os locais de bota-fora pré-determinados pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
A Secretaria, responsável por articular a nova conduta, começou a mapear as áreas degradadas do município. Ao mesmo tempo convocou também todas as empresas de tele caçambas e tele-entulhos da cidade. Juntos firmaram acordos de trabalho.A partir dessa parceria, toda a movimentação de terra, bem como a movimentação do entulho da construção civil do município deverá ser enviado para as áreas degradadas (as voçorocas).
Custos Concreto, estuque, telhas, metais, madeira, gesso, aglomerados, pedras, carpetes, além do asfalto não aproveitados nas obras podem ser reciclados. Esta reciclagem pode tornar o custo de uma obra mais baixo e diminuir também o custo de sua disposição. Divinópolis, no entanto, não possui ainda uma usina de reciclagem para este tipo de material. Até existe um projeto das empresas de tele-caçamba para a construção da usina, porém, segundo o secretário de meio ambiente Humberto Pozzoline, é inviável ao município, porque essas empresas privadas solicitam que o município compre 95% de todo o material reciclado.
”O município não tem condições de arcar com esse custo”, alega Pozzolini. Para enfrentar o problema, o governo de Divinópolis e a Secretaria de Meio Ambiente fizeram a opção de trabalhar nas áreas degradas da cidade.
Apesar de causar tantos problemas, o entulho deve ser visto como fonte de matérias de grande utilidade para a construção civil. É possível produzir agregados - areia, brita e bica corrida para uso em pavimentação, contenção de encostas, canalização de córregos, e uso em argamassas e concreto. Da mesma maneira, podem ser fabricados componentes de construção - blocos, briquetes, tubos para drenagem, placas.
Para resolver o problema do entulho é preciso organizar um sistema de coleta eficiente, o que minimizaria o problema da deposição clandestina. É necessário estimular a ação, facilitando o acesso a locais de deposição regular estabelecidos pela prefeitura. A partir de uma coleta eficaz é possível introduzir práticas de reciclagem para o reaproveitamento do entulho Humberto Pozzoline diz que a administração atual está na fase final de implantação do Centro de tratamento de resíduos regional (CTTR).
De acordo com o secretário, o município já tem algumas áreas pré-definidas. O projeto visa a todo o tratamento de resíduos sejam eles industriais,de saúde e orgânicos e que o projeto já está no gabinete do executivo na cidade para a apreciação do prefeito Demetrius Pereira, mas o secretário não precisou a data quando será possível implementar o projeto.

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