Flor no asfalto

Economia Solidária busca novas alternativaspara
o lucro sustentável e economia consciente
Por Gracielle Castro Em um sistema em que cada dia mais as pessoas buscam o lucro, o acúmulo de riquezas e pensam apenas em si mesmas, falar em Economia Solidária, lucro sustentável e consumidor consciente parece utopia. Mas para algumas pessoas, como pequenos produtores e pessoas de baixa renda, essa medida está oferecendo uma nova alternativa de sustentabilidade. Economia solidária pode ser entendida como ações que se resumem na preocupação com questões econômicas de produção, consumo e comercialização, além da busca por alternativas a partir de uma perspectiva solidária. Trata-se de pensar a economia de modo a viabilizar pequenos e micro produtores para que possam vender seus produtos e, assim, competir com os grandes produtores. Esses produtos são vendidos a custo baixo e dessa forma famílias com pouco poder aquisitivo têm a oportunidade de adquirir tais produtos e, consequentemente, ter mais qualidade de vida.
Em Divinópolis, a Economia Solidária acontece, por exemplo, por meio do micro-crédito, instituições que possibilitam crédito a cooperativas a fim de favorecer seu crescimento. Outra medida é a implantação da comida popular, uma iniciativa da Prefeitura que trabalha com pequenos produtores da região, além de outras alternativas como associações e cooperativas.
Experiência A Associação de Artistas e Artesãos de Divinópolis e a Associação dos Catadores de Lixo de Divinópolis (ASCADI) são duas dessas iniciativas, que organiza os trabalhadores em grupos, oferecendo a eles uma base, uma estrutura organizacional e, a partir daí, seus produtos são vendidos à população com custos menores, favorecendo o consumo consciente, o lucro sustentável e uma melhor distribuição de renda.
A FUNEDI/UEMG oferece cursos de capacitação na área de empreendimento econômico solidário, além de consultorias, e dá assistência a cooperativas de vários municípios da região. Através desse apoio a FUNEDI acredita na proposta de implementação de um sistema de segurança alimentar que favoreça pequenos produtores.
A Socióloga Sandra Guimarães, técnica do Departamento de Extensão da FUNEDI/UEMG, afirma que “a economia hoje não é apenas neoliberal. Com a união e organização dos pequenos produtores, é possível se fazer economia com consciência e assim distribuir melhor a renda e melhorar a qualidade de vida da população.”
No sistema capitalista, as grandes corporações e empresas mundialmente conhecidas e com grande poder aquisitivo “atropelam” os pequenos produtores, as micro empresas ou os artesãos. A sociedade se vê refém de um sistema que esmaga os pequenos e dita regras através de uma hegemonia. Com a economia solidária esses pequenos produtores se unem, organizam e estruturam um esquema de cooperativismo, em que ao invés de “brigar” pelo espaço mercadológico, eles se ajudam mutuamente e oferecem uma nova alternativa de consumo, de forma consciente e com distribuição de renda mais justa.
Economia Solidária: não é uma rima, mas pode ser uma solução.

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