TECNOLOGIA A SERVIÇO DO LAZER

É cada vez mais comum nos deparamos com pessoas utilizando seus celulares para se conectarem a internet em locais públicos como praças, ônibus e shoppings. Com a popularização dos smartphones e tablets não há limites para se conectar. O que antes servia apenas para ligações, hoje é uma ferramenta também para o lazer.
Toda esta facilidade de acesso é possível devido a um item chamado aplicativo. São eles que executam as funções desejadas pelo usuário. Sem estes programinhas o sistema operacional perde sua utilidade. Os aplicativos na verdade representam a solução para que o usuário possa ter acesso à internet e as redes sociais, enviar mensagens, criar textos, planilhas e apresentações, além de jogos, tudo isso por pura diversão.
          O estudante de publicidade Nízio Teodoro da Silva Júnior de 27 anos, usa e abusa de seu iphone. É através dele que Nízio baixa aplicativos, jogos e resolve inclusive sua vida financeira. “Até isso eu resolvo às vezes pelo celular quando não estou no trabalho”, explica o estudante. Para ele, a maior vantagem do equipamento móvel e dos aplicativos neles instalados é justamente a praticidade de ficar online em qualquer lugar.
Um dos aplicativos que Nízio gosta de usar é o de fotografia. É fácil dominar, porém, um aplicativo de fotografia em um smartphone? “Sim, a tecnologia da tela é muito sensível e permite uma maior usabilidade para esses aplicativos”. No entanto, as favoritas de acesso ainda são as redes sociais. Encontramos já nos celulares os atalhos para facebook, twitter e orkut
O que antes servia apenas para ligações, hoje é uma ferramenta também para o lazer
Tudo que possui facilidade de acesso, todavia, pode ter também seu revés. Tal como acontece com o vício em jogos de videogame, aquilo que pode ser chamado de síndrome da hiperconexão, a obsessão pelas redes sociais, é por muitos especialistas considerada um risco à saúde, além do problema da superexposição.

           Nízio não acredita que toda essa exposição nas redes sociais seja perigosa. “É uma coisa que você ainda tem certo controle. Pelo menos penso que sim. Existe certa privacidade, mas penso que as redes sociais são uma maneira de abrir a partir da sua vida que você quer mostrar”. E ainda acrescenta: “Hoje em dia quem não quer se mostrar?”.

Segundo o psicólogo Jadir Raimundo da Silva, é preciso cuidado com o que se escreve nas redes sociais. “Sites de relacionamentos estão entre os grandes vilões da internet. Muitos perfis falsos são criados com uma única finalidade: enganar. Muitas pessoas estão especializadas em aplicar golpes através da internet, e muitos deles ocorrem pela ingenuidade dos internautas”, analisa o psicólogo.
 Vale lembrar que nem sempre o que é escrito na internet, permanece no mundo virtual. Muitas vezes ela afeta a vida profissional e até mesmo a pessoal. Jadir alerta para os cuidados que as pessoas devem ter com as redes sociais e aplicativos mesmo quando utilizadas apenas para o lazer. “O cuidado maior é a privacidade, compartilhar seus projetos sociais e pessoais para todos verem não é uma boa ideia. Cuidado com as suas informações, as redes sociais realmente são uma forma muito fácil de conectar com o mundo”, orienta o psicólogo.
O uso indiscriminado da internet, agora sem a necessidade de estar conectado fisicamente, pode ser perigoso: “O vício na internet é um problema mais psíquico do que físico. A rede se torna perigosa quando você não coloca limite no seu tempo de utilização.”, explica Silva.
O estudante de publicidade concorda. “A promoção da conexão em tempo real, na faculdade, por exemplo, acaba por tirar o foco do essencial, principalmente se for algo muito extremo em termos de vício, pode até diminuir a produtividade profissional”, conclui Nízio.

Por Juliana Faria e Marina Alves

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